| UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL |
| CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA – LICENCIATURA - EAD |
| MUNICIPIO: SÃO BERNARDO DO CAMPO |
| ESTADO: SÃO PAULO |
| TURMA: 461 |
| POLO: COLEGIO PROJEÇÃO |
| TUTORA: REGIANE JOAQUIM |
| ANO: 2009 |
| O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL. |
| BRINCAR E EDUCAR |
| MARILDA VALERIO PEREIRA |
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| SUMARIO |
| INTRODUÇÃO ................................................................................ 3 |
| 1. DESVENDANDO O MISTERIO DO BRINCAR .......................... 5 |
| 1.1 O LUDICO NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL .................... 6 |
| 2. CONCLUSÃO ............................................................................. 8 |
| 3. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ........................................... 9 |
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| INTRODUÇÃO |
| Brincadeiras, brinquedos e jogos fazem parte do mundo da criança, pois estão |
| presentes na humanidade desde o seu inicio. Este artigo vem tratar da busca e introdução do |
| lúdico no processo educativo, mostrando que trabalhar ludicamente não será abandonado à |
| seriedade e a importância dos conteúdos apresentados às crianças, pois as atividades lúdicas |
| são importantes para o desenvolvimento dos conhecimentos, possibilitando melhor percepção |
| da imaginação da fantasia e dos sentidos. Através das atividades lúdicas a criança passa a |
| perceber e aceitar o outro estabelecendo relações sociais construindo conhecimentos e |
| desenvolvendo-se integralmente. |
| O brincar é com certeza um dos meios pelo qual o ser humano explora uma variedade |
| de novas experiências e diversas situações em diversos propósitos. |
| A infância é a fase das brincadeiras, então é por meio dela que a criança satisfaz seus |
| interesses, necessidades e desejo, sendo uma forma privilegiada de inserção na realidade, pois |
| reflete e expressa a maneira como a criança ordena, organiza, constrói, desorganiza e |
| reconstrói o seu espaço, mundo. |
| Para a aprendizagem das crianças é inevitável o processo de brincarem valorizados |
| por aqueles envolvidos na educação e na criação da criança. |
| O br incar e a escolha dos materiais lúdicos são reservados como uma atividade para |
| após o termino de um trabalho diminuindo assim o efeito sobre o desenvolvimento da criança. |
| Muitas crianças chegam as escolas maternais incapazes de se envolver no brincar, tudo isso |
| por virtude de uma educação passiva que mostra o brincar como uma atividade barulhenta, |
| desorganizada e muitas vezes desnecessárias. |
| É importante a utilização de brincadeiras e jogos no processo pedagógico, pois o |
| conteúdo pode ser ensinado por intermédio de atividades lúdicas permitindo assim um |
| desenvolvimento global com visão para um mundo real por meio de descobertas e da |
| criatividade a criança pode se expressar, analisar, criticar e transformar a realidade. Quando |
| bem aplicada à educação lúdica pode contribuir para a melhoria do ensino, tanto na |
| qualificação quanto na formação critica do educando valorizando-o par a o melhor |
| relacionamento na sociedade. |
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| “a educação lúdica é uma ação inerente na criança e aparece sempre como forma |
| transacional em direção a algum conhecimento, que se redefine na elaboração |
| constante do pensamento individual em permutações constantes com o |
| pensamento coletivo” |
| (ALMEIDA, 1995, p.11) |
| Este trabalho não é uma definição de brincar, mas sim desafiar as concepções de que o |
| brincar pode e deve proporcionar as crianças dentro do conceito escolar, visando um clima |
| educacional norteador em temas e em currículo competitivo elevando o brincar ao ultimo |
| degrau de qualquer escala de importância. |
| Ciente da grande impor tância do lúdico na formação integral da criança encaminha o |
| estudo abordado a uma breve questão: Qual a importância das atividades lúdicas na educação |
| infantil? |
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| 1. DESVENDANDO O MISTERIO DO BRINCAR |
| Tentar definir o brincar pode sugerir uma abordagem quantitativa que se pode |
| acontecer raramente. |
| Segundo Piaget (1975) e Winnnicot (1975), conceitos como jogo, brinquedo e |
| brincadeiras são formados ao longo de nossa vivencia. É a forma que cada um utiliza para |
| nomear o seu brincar. No entanto, a palavr a jogo quanto à palavra brincadeira pode ser |
| sinônimos de divertimento. |
| Neste artigo, jogo, brincadeira, brinquedo e lúdico se apresentam em um sentido bem |
| abrangente a educação. Por isso, a necessidade de defini-los: brincadeira refere-se a ação de |
| brincar dentro de um compor tamento espontâneo que seja resultado de uma atividade não |
| estruturada; jogo é compreendido como brincadeira onde se envolvem regras; brinquedo o |
| objeto designado para o brincar e a atividade lúdica abrange completamente todos os |
| conceitos anteriores. |
| Dentro de escolas de educação infantil e fundamental existem evidencias das |
| dificuldades de se trabalhar atividades lúdicas onde o “brincar” é desprezado freqüentemente e |
| os jogos e brinquedos só se é escolhidos pelas crianças após terminarem suas tarefas de classe, |
| como um mérito pelo seu desenvolvimento diário. |
| Os professores devem compreender que por algum tempo da historia pedagógica, a |
| educação foi um dos instrumentos da imobilização da vida e que a evolução desse conceito |
| passa a sugerir que educar passe a ser a criatividade e que aprender significa o mesmo que |
| acumular conhecimentos sobre fatos, dados e informações. De acordo com o Referencial |
| Curricular da Educação Infantil (1998, pág. 23). |
| “educar significa, portanto propiciar situações de cuidados, brincadeiras |
| aprendizagens orientadas de forma integrada que possam contribuir para o |
| desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar |
| com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o |
| acesso, pelas crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade social e |
| cultural.” |
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| Para se chegar a este propósito é necessário que educadores, professores repensem o |
| conteúdo de seu trabalho e sua pratica pedagógica substituindo a severidade e a rigidez pela |
| alegria e entusiasmo de aprender, observar, analisar e ensinar como metodologia de ensino. |
| 1.1 O LUDICO NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL |
| Grande parte de nossas crianças brasileira enfr enta um cotidiano adverso que conduz |
| muito cedo ao trabalho infantil, ao abuso e exploração dos adultos, algumas são protegidas de |
| tidas as maneiras, recebendo os cuidados necessários de suas famílias e da sociedade em geral. |
| O grande desafio na educação é conhecer o jeito particular de cada criança, pois a |
| criança é antes de tudo um ser que gosta, deseja brincar.O jogo é um dos artifícios que a |
| própria natur eza encontr ou para levar a criança a desenvolver uma atividade em seu meio |
| físico e mental, no entanto o brincar é uma atividade fundamental para o desenvolvimento da |
| identidade e autonomia, a criança se comunica desde cedo com gestos, sons e mais tarde |
| repr esentando um deter minado papel dentro de uma, brincadeira se utilizando a |
| imaginação.Com o brincar a criança desenvolve importantes capacidades como: atenção, |
| imaginação, criatividade, observação, memorização, imitação e ainda a capacidade de |
| socialização através da interação e da utilização de regras. |
| Através de atividades lúdicas elaboradas pelo faz de conta e da imaginação que a |
| criança reproduz situações de seu cotidiano, mostrando estas experiências passadas e novas |
| possibilidades para interpretar suas necessidades, desejos e afeições.Sendo assim as atividades |
| lúdicas só tem a contribuir para o desenvolvimento global da criança em todas as dimensões |
| da inteligência, afetiva, motora e social. |
| A criança por meio da brincadeira reproduz discurso extremo e internaliza para |
| construção de seu próprio pensamento; segundo Vygotisky (1984), tem importante papel |
| desenvolvimento cognitivo da criança. |
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| “A brincadeira cria para as crianças uma zona de desenvolvimento proximal que |
| não é outra coisa se não a distância entre o nível atual de desenvolvimento, |
| determinado pela capacidade de resolver independentemente um problema, e o |
| nível atual de desenvolvimento potencial, determinado através da resolução de |
| um problemas sob a orientação de um adulto ou com a colaboração de um |
| companheiro mais capaz.” |
| (Vygotisky 1984, p.97) |
| Com o brincar a criança cria e possibilita situações para que se desenvolva dentro de |
| um mundo de faz de conta, onde é um mundo mágico, que se faz presente entre as crianças |
| dos dois aos cinco anos, freqüentemente este mundo da fantasia se faz moralmente nesta faze |
| da vida, pois a criança quando se envolve neste mundo assumem diversos papeis da vida |
| adulta proporcionando a ela o intermédio entre o imaginário e o real. |
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| CONCLUSÃO: |
| É de grande importância resgatar o brincar para as nossas crianças, dentro da realidade |
| de nossa educação falta profissionais que assumam o gosto pelo brincar. |
| Hoje são poucos os profissionais da educação que aplicam em seu currículo o ato de |
| faz de conta, teatro, fantoches, brincadeiras de roda, cantigas e jogos educacionais com o |
| intuito de ensinar, educar, alfabetizar, pois pensam q sentem que este caminho é falho. |
| Deve-se considerar que o brincar é um ato de enorme importância que traz |
| oportunidades às crianças escolher entre variados tipos de brinquedos a elas oferecidos dentro |
| da nossa sociedade.Então, podemos afirmar que tanto as brincadeiras de roda cantadas, |
| dramatizações, brinquedos artesanais e ou brinquedos industrializados é muito mais que |
| necessário no desenvolvimento infantil. |
| Na educação infantil não existe necessariamente um único conteúdo para se |
| desenvolver então é necessário que as aulas sejam criativas, explorado sempre o faz de conta e |
| a criatividade. |
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| REFERENCIAS: |
| VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984. |
| WINNICOTT, Donald. O brincar e a realidade. Rio de Janeiro: Imago editora, 1975. |
| PIAGET, Jean. A formação da simbologia na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1975. |
| ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação Lúdica: técnicas e jogos pedagógicos, São Paulo: |
| Loyola, 1995. |
| BRASIL. Ministério de Educação e Deporto. Secretar ia de Educação Fundamental. |
| Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília. 1998.v2. |